Conciliar o início da campanha eleitoral com atividades profissionais me levou a sacrificar as postagens neste blog. Retomo hoje, rapidamente, para comentar sobre alguns dados do CAGED – Cadastro Geral do Emprego e Desemprego – na Bahia a partir de boletim técnico da SEI/SEPLAN (leia aqui) com base no mês de junho.
Sempre levando em conta o que considero relevante para o movimento sindical. Vamos lá :
- quando da divulgação dos dados de maio manifestei a minha surpresa com o saldo positivo de ocupações formais em Itamaraju. Fui alertado pelo meu amigo Rubens Farias do STR de Alcobaça que se tratava de contratações referentes à colheita do café e que no mês seguinte o resultado seria inverso. Afirmação correta: em junho Itamaraju lidera o saldo negativo;
- Salvador e RMS continuam a perder postos de trabalho com carteira assinada. E é nesta região que o movimento sindical concentra as suas instâncias decisórias e a sua ação sindical. Tema para bons debates se houver vontade política para enfrentar a questão;
- o agronegócio continua a gerar postos de trabalho formal e de forma continuada como na região de Juazeiro. Segmento de frágil atuação do movimento sindical. A fragmentação da organização sindical é uma, mas não a única, forte razão desta fragilidade. Qual o pacto político possível para supera-la ?
- o setor de serviços também se mantém como gerador de postos de trabalho. A pulverização deste segmento potencializa a nossa tradicional fragmentação da organização sindical. Justamente num segmento que historicamente apresenta baixa remuneração e condições de trabalho precárias;
Concluindo : interiorizar a ação sindical na Bahia e repensar a organização sindical no Brasil