O SESC São Paulo promove o curso “Cooperativismo de plataforma : uma opção possível ?” objetivando conhecer e refletir sobre as experiências brasileiras que aliam os princípios do cooperativismo e a utilização de plataformas em ambiente web comumente associadas ao UBER, AirBnb, Ifood e assemelhadas.

A primeira atividade aconteceu na quarta, 11 de agosto, e pretendo comentar os conteúdos aqui neste blog. As inscrições encerraram-se rapidamente e não tive agilidade suficiente para divulgar para os interessados.

O termo “cooperativismo de plataforma” popularizou-se a partir de livro do alemão Trebor Scholz, “Cooperativismo de plataforma – contestando a economia do compartilhamento empresarial ” publicado no Brasil pelas editoras Elefante, Autonomia Literária em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. Link para download logo abaixo

Para além da reprodução dos princípios cooperativistas para o meio virtual o cooperativismo de plataforma pauta também o debate sobre a comercialização em massa de dados pessoais pelas plataformas tradicionais (trajetos de usuários do UBER são vendidos para prefeituras estruturarem suas políticas públicas de mobilidade, citando apenas uma utilização “republicana” deste comércio) e sobre a transparência e regulação dos algoritmos que apoiam o processo decisório destas plataformas (e que afetam diretamente a remuneração dos seus prestadores de serviço).

Nesta primeira rodada de debates tratou-se de aspectos conceituais (presentes no livro supra citado), na apresentação de algumas cooperativas emblemáticas e nas dificuldades encontradas, notadamente no Brasil : a já proverbial ausência de políticas públicas.

Para entender, ainda que parcialmente, o processo em curso recomenda-se consulta ao site Platform Cooperativism Consortium que tenta mapear estas iniciativas pelo mundo. E na próxima semana trago mais notícias do curso.