Logo após as eleições uma professora eleita deputada estadual pelo PSL de Santa Catarina (não vou procurar o nome dela por julgar pouco relevante) publicou um “card” nas redes sociais convocando a população a dedurar professores que supostamente transmitissem conteúdo que pudesse ser caracterizado com “doutrinador” na visão dela.
No dia seguinte vi uma nota de repúdio ou protesto por parte da CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, ligada à CUT. Posteriormente outras notas se sucederam sempre em defesa do livre exercício da docência.
Mas o que me chamou mais a atenção é que as iniciativas de tentativa de defesa efetiva e prática dos professores veio, inicialmente, de ONGs ou ativistas do direito que ofereceram orientações jurídicas, formulários para serem utilizados em ações de defesa, enfim medidas de proteção ao exercício da livre docência. Algumas entidades e na Bahia pelo menos o Deputado Jorge Solla disponibilizaram advogados para aqueles que se sentissem atacados.
Conclusão: quem passa a ser referência para os trabalhadores? Um movimento sindical que emite nota de apoio ou uma organização que disponibiliza ações concretas? A resposta me parece óbvia embora desconfortável.
Me senti motivado a escrever este texto a partir da leitura de um artigo no site do The Intercept_Brasil assinado pela professora Rosana Pinheiro Machado. O título é “O que as forças progressistas podem fazer agora” e trata dentre outras coisas da necessidade de termos respostas mais claras e objetivas para as questões colocadas para nossa base social. Clique no título do texto para ler.