Vencido o processo eleitoral as atenções se voltam para a montagem do novo governo bem como para as articuçaões congressuais que possam viabilizar os compromissos de campanha. Na área sindical em breve as atenções se voltarão para as tratativas visando construir uma proposta que unifique a intervenção dos trabalhadores na provável comissão tripartite que será criada para propor um novo marco regulatório para as relações de trabalho.
Até o presente momento a síntese que unifica as centrais sindicais está registrada no documento Pauta da Classe Trabalhadora – CONCLAT 2022 que disponibilizamos para a leitura no final deste post.
Em ordem cronológica o fortalecimento do salário mínimo é o primeiro ítem vinculado diretamente à agenda sindical secundado pela necessidade de construção de um marco regulatório que assegure os direitos dos trabalhadores plataformizados (Uber, IFood,…, mas não só pois o trabalho em plataforma vai bem mais além).
Por fim, e provavelmente o ponto mais polêmico, uma proposta ainda bastante genérica sobre a criação de um sistema democrático de relações de trabalho, enunciado em apenas uma, emboar longa, frase : “Promover reestruturação sindical que democratize o sistema de relações de trabalho no setor público e no setor privado, urbano e rural, fundada na autonomia sindical, visando incentivar as negociações coletivas, promover solução ágil dos conflitos, garantir os direitos trabalhistas, assegurar o direito à
greve e coibir as práticas antissindicais, para fortalecer as entidades sindicais, ampliar a representatividade e a organização em todos os níveis, estimulando a cooperação sindical entre os trabalhadores e o respeito às assembleias, inclusive com o financiamento solidário e democrático da estrutura sindical.”
Certamente a tradução desta frase num conjunto de parágrafos e incisos acenderá polêmicas no interior do movimento sindical. O desafio de elaborar um texto unitário está lançado. Vamos acompanha-lo.