Como era esperado a CUT no seu recente congresso aprovou resolução no sentido de organizar e representar sindicalmente os trabalhadores que estão na informalidade, MEI’s e trabalhadores via “aplicativos” (UBER, 99, IFood e similares).
A decisão é correta mas esbarra em questões práticas: os dirigentes dos sindicatos cutistas foram formados, independendo da espaço de formação, para atender e representar apenas os trabalhadores da sua base de representação. Esta é a forma como o movimento sindical brasileiro se constituiu sem entrar no mérito da forma. Portanto acredito que os atuais dirigentes não se sentirão motivados e muito menos seguros para atuar nesta frente de organização e ação sindical.
Mas como esta diretriz é vital para a representatividade social da CUT (o público alvo ocupa um espaço crescente no mercado de trabalho caminhando no sentido de superar a quantidade de trabalhadores assalariados), deve-se buscar as condições para a sua realização.
Proponho que a CUT Ba inicie de imediato um plano de formação sindical voltado à sensibilização e preparação dos atuais dirigentes para compreenderem a importância da resolução e as características de funcionamento destes segmentos para a partir daí (ou em paralelo) dar início às ações organizativas.
Cabe salientar que estes novos atores do mercado de trabalho estão espalhados por todo o território baiano. Maior ou menos êxito desta tarefa depende também do maior ou menor grau de interiorização das atividades e ações.