Embora a RMS e Feira de Santana concentrem boa parte do PIB baiano e sedie, por razões óbvias, os centros decisórios da economia e da política, a classe trabalhadora baiana está espalhada por todo os estado.
A ocupação majoritária do trabalhador interiorano está na agricultura familiar mas o agronegócio e a estrutura de serviços responde por boa parte das ocupações formais. A ampliação das atividades de educação e saúde verificada nos últimos anos gerou postos de trabalho mais qualificados e com melhor remuneração estimulando a demanda por novos serviços ocasionando a migração de mão de obra não mais para os grandes centros e sim para as cidades médias.
O agronegócio por sua vez gera postos de trabalho na sua maioria instáveis. Basta observar os dados do CAGED compilados pela SEI (ver aqui) e notamos o regular movimento de contratações seguidas por demissões a cada ciclo de produção.
O certo é que existe um contingente de trabalhadores demandando por ação sindical. A CUT na sua origem organizava CUTs Regionais, fundamentais para a consolidação de uma central sindical de caráter estadual. É o momento da retomada :
- mapear os dirigentes e delegados sindicais cutistas nos 27 Territórios de Identidades e aproxima-los, inicialmente através de redes sociais e num momento seguinte presencialmente;
- nominar dirigentes para cuidar da ação acima com plano de trabalho definido e agenda de avaliação;
- construir, para o ano de 2020, um calendário de plenárias macro territoriais e constituir grupo de trabalho para construir as condições materiais de realização.