Em época de desemprego elevado e precarização ascendente todas as iniciativas para a ocupação de postos no mercado de trabalho são bem vindas. Vi dia destes a campanha Contrate uma Mãe, desenvolvida pela agência TeamWorker, que tem por objetivo recolocar no mercado de trabalho as mães que dele se afastaram por conta do exercício da maternidade. Uma das razões de uma campanha organizada é a redução de renda de mulheres que retornam ao mercado com filhos.
Se por um lado esta campanha tem o mérito de trazer a público uma questão real do mercado de trabalho brasileiro deve também remeter a discussão para a situação daquelas mulheres que não tem como se colocar no mercado de trabalho por conta dos filhos e do volume de trabalho que estes trazem. A paternidade responsável, a solidariedade masculina e a necessidade de políticas públicas específicas merecem também a atenção de agências de publicidade e campanhas criativas.
Mas merece também a atenção um debate sempre esquecido: como se construir um modelo de remuneração do trabalho doméstico ? Para lançar algumas luzes neste debate deixo a sugestão de leitura de entrevista da historiadora e feminista Silvia Federici publicada no site Outras Palavras; é só clicar aqui.