28 de janeiro é o dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil. Justa homenagem aos fiscais do Ministério do Trabalho assassinados em Unaí-MG quando investigavam denúncias de trabalho escravo.
No ano de 2017 o governo Temer tentou relaxar a legislação que cuida do assunto e ao limitar os gastos governamentais por tabela reduz as ações fiscalizatórias facilitando a proliferação desta forma, trabalho escravo, de exploração.
Por outro lado, quando falamos de trabalho escravo, sempre nos reportamos a uma relação onde há um dominador explícito (patrão se houvesse uma relação de assalariamento) e um conjunto de explorados.
Mas não podemos esquecer daqueles trabalhadores que por razões de origem social sempre viveram ao largo das relações de assalariamento, mesmo que precárias e que sobrevivem em situações de trabalho análogas à escravidão. Por não existir um explorador explicito não os vemos como trabalhadores escravizados.
Mas não perdem esta condição. Escravizados pela sociedade, nas democracias ocidentais representada pelo aparelho de estado e suas instituições. Que deve ser responsabilizado e cobrado. Sob pena de sermos também responsabilizados por crime de omissão.