No primeiro sábado deste julho que se encerra a Setorial Estadual de Ciencia e Tecnologia do PT promoveu debate com o professor Sérgio Amadeo sobre os desafios trazidos pela datificação da vida e os impactos da popularização da “inteligência artificial”. Uma das informações apresentadas e que soou como novidade foi o impacto ambiental dos data center das grandes, e poucas, empresas chamadas big techs (Meta, Google, Amazon, …).

O barateamento daas estruturas físicas do processamento de dados em massa possibilita o rápido trabalho dos programas de inteligência artificial que efetivamente traz ganhos para a sociedade mas traz impactos ambientais significativos : uso intensivo de energia para funcionamento destas estruturas gigantescas e de água para refrigera-las. Para mais detalhes deixo o link de matéria no jornal Nexo (caso o acesso seja negado entrem em contato nos comentários para envio do texto em outro formato) : https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/07/09/inteligencia-artificial-ia-impactos-ambientais .

Nesta semana a Natália Viana, jornalista da Agência Pública, nos informa em sua newsletter semanal que a poderosa CNI – Confederação Nacional da Indústria – pressiona o Congresso Nacional para que a legislação de controle social sobre o funcionamento das IAs no Brasil não seja votado. Para que, sem controle, as big techs tragam seus data centers para o Brasil por conta da abundancia de energia limpa e pouco controle sobre o uso da água. Para melhor compreensão deixo aqui o texto da newsletter, recheado de referências sobre o tema:

E o desenvolvimento do Nordeste, onde entra nesta estória ? Vamos lá…. a SUDENE – Superintendencia para Desenvolvimento do Nordeste – está disponibilizando R$44bi em linhas de crédito para atração das big techs e seus data centers para a região nordeste. Leia em https://encurtador.com.br/maq2X .

A justificativa : disponibilidade de energia renovável e necessidade de geração de ocupações.

Mas….. de onde virá a água ? Quais as ações ambientais compensatórias ? Qual o controle social previsto ?

Nem uma linha… mais um tema para a agenda dos movimentos sociais.