
Enquanto comemoramos o recorde de trabalhadores empregados no Brasil e queda do desemprego para a o ínidece de 7,1% (leia publicação do IBGE aqui) devemos nos debruçar sobre os números, também divulgados pelo mesmo IBGE, evidenciando a queda dos níveis de sindicalização (leia texto do IBGE aqui).
As primeiras avaliações que chegam ao meu conhecimento apontam causas similares : mudanças na base tecnológica que suporta as atividades produtivas, crescente informalidade/precarização no mercado de trabalho (avançando para a área da educação por exemplo) bem como as novas formas de organização do trabalho. Citam também o surgimento de novas pautas na agenda dos trabalhadores não necessariamente incorporadas pelo movimento sindical.
Estas considerações podem ser percebidas nos textos do economista Ademar Mineiro, publicado no site Terapia Política (leia aqui) e do cientista político Eduardo Pereira publicado no portal Brasil de Fato (leia aqui). No texto do Eduardo me chama a atenção a citação de que embora as taxas de sindicalização caem a quantidade de sindicatos se mantém ou até aumenta em alguns segmentos.
Se por um lado temos causas estruturais que me parecem corretas pelo outro não percebo ação sindical no sentido de promover campanhas de sindicalização nos espaços tradicionais de representação nem nas novas fronteiras oportunizadas pela expansão das atividades produtivas. Para ser fiel aos fatos, desde os anos 90 do século passado não temos campanhas den sindicalização organizadas. Fui dirigente do SINERGIA e da CUT na Bahia e não me recordo de tais iniciativas.
Não percebo também a disposição do movimento sindical em se reinventar quer na adoção de novos modelos de organização sindical que faça frente às novas formas de organização do trabalho quer na incorporação de novas pautas que interessem aos trabalhadores.
Mas esta é a visão a partir da minha posição de observador do movimento sindical. E você que me lê : qual o seu ponto de vista. O espaço está aberto quer através de comentários neste post como na publicação de textos assinados que expressem outros pontos de vista.
Sem dúvida, com a “deforma” trabalhista aprovada ainda no governo Michel Temer e com a influência bolsonarista posterior, o crescimento do desemprego e da precarização do trabalho, os sindicatos perderam força. Realmente não vejo nenhum movimento sindical no sentido de promover a associação dos trabalhadores. Mesmo os sindicatos dos petroleiros que são os maiores desse país, não estão se movimentado nesse sentido. Os sindicatos precisam ser mais atuantes, mais presentes no dia a dia do trabalhador.
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