
Chegando ao final do dia do Servidor Público e a enxurrada de cards reconhecendo a justa importancia destes trabalhadores na sociedade brasileira. Mas vamos adiante : como andam os processos de negiociação coletiva deste trabalhadores ?
Vejo nos canais de comunicação do Governo Federal, mais precisamente no site do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, notícias de funcionamento de Grupo de Trabalho Interministerial que busca discutir as diretrizes da Convenção nº 151 e da Recomendação nº 159 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) (leia aqui) e suas formas de implementação no Serviço Público Federal.
Necessária e oportuna iniciativa mas as palavras do secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo retratam a dureza da realidade política brasileira : “Na vida, tudo é correlação de forças. Faremos o melhor trabalho na elaboração de uma proposta que irá para o Congresso como um encaminhamento do Executivo, mas é preciso haver uma ação de diálogo do movimento sindical junto aos parlamentares a fim de alcançar resultados positivos”, sugeriu Feijóo.
Em épocas de protagonismo do “centrão” sabemos bem o que estas palavras significam. Situação bem mais delicada é a vivenciada por servidores públicos estaduais e municipais. Na nossa Bahia a mesa de negociação do setor público ainda não saiu do papel.
Para não ficarmos “chorando pitangas” vamos à real: difíceis avanços no plano federal. E caso aconteçam não são automaticamente aplicáveis a estados e municipios por conta do pacto federativo. O que vale dizer que o movimento sindical dos servidores públicos deve olhar com bastante atenção as eleições de prefeitos e vereadores em 2024. Para que eventuais avanços possam tramitar com algum sucesso nas câmares de vereadores. E para que a partir desta eleição se crie uma massa crítica necessária para melhorar a qualidade das bancadas de deputados estaduais e federais.