No dia 31 de julho a CUT Ba reuniu sua militância em Salvador para realização de Plenária Congressual preparatória para o seu 13 Congresso> Não estive presente e, por óbvio, as minhas considerações se dão a partir da leitura dos dados disponíveis na apresentação do DIEESE que me foram cedidos gentilmente pela supervisora do Escritório Regional Ba, Ana Georgina, e que vocês podem acessar clicando aqui.

Vamos lá então : a primeira questão que me chamou a atenção foi a oscilação do PIB na Bahia e no Brasil nos anos de 2015 e 2016 e suas implicações no cenário político. A variação negativa na Bahia foi bem maior que no Brasil mas não percebeu-se desconforto da opinião pública em relação ao governo Rui Costa. Já no cenário nacional o governo Dilma Roussef amargou índices negativos de popularidade no período o que criou as condições políticas para o golpe. Razões : merece um debate qualificado até para identificarmos nossos erros e omissões.

Uma constatação óbvia : diminui a ocupação industrial e cresce a ocupação nos setores de comércio e serviços. O que significa um belo desafio para o movimento sindical mais à esquerda forjado no crescimento da indústria nacional da segunda metade do século passado. Aliado ao fato que o segmento de comércio e serviços possui um alto grau de informalidade, terceirização e dispersão espacial.

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Por fim, mas não menos importante : o perfil da ocupação do brasileiro e até que ponto isto influi no nível de mobilização. O gráfico abaixo mostra que o universo dos ocupados sem carteira é expressivo. Juntando-se a eles o contingente de desempregados ou desalentados temos a maioria dos que vivem do trabalho com pouca expectativa de se aposentar. O que talvez explique o pouco envolvimento nas campanhas contra a reforma da previdência. Além de formar um contingente sem interlocução com o movimento sindical que quase sempre representa os assalariados do mercado formal.

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