É de conhecimento de todos que o presidente Lula vetou o projeto de lei que renovava a desoneração da folha de pagamento em relação às contribuições previdenciárias. As entidades empresariais reclamaram de imediato e com veemência através da imprensa e de alguns parlamentares que defendem os seus interesses. Estes inclusive anunciam a derrubada do veto ainda neste ano.

E o movimento sindical ?

A CUT publicou nota (ver abaixo) defendendo o veto com o argumento de que não existem dados objetivos evidenciando que a desoneração gera mais empregos (leia mais aqui). Apesar de ameaçar com demissões e precarização as entidades empresariais não apresentam evidências fáticas de quantos empregos foram gerados ou quantos serão destruídos.

CTB e Nova Central assinaram nota conjunta manifestando temor por um eventual desemprego e afirmam que uma reforma tributária progressiva pode compensar as perdas de recursos do sistema previdenciários ocasionados pela desoneração (leia nota aqui).

Já a Força Sindical, UGT e CSB repetem o argumento do potencial desemprego e da falta de debate com o movimento sindical para a tomada de decisão sobre o veto (leia nota aqui).

Por fim o ministro Fernando Hadad afirma que o Ministério da Economia realizará estudos e apresentará propostas alternativas à simples desoneração da folha de pagamento.

O certo é que, com esta composição do Congresso Nacional, o veto à desoneração vai acontecer representando uma derrota do Governo Federal. Salvo uma ação efetiva do movimento sindical colocando os trabalhadores no centro do debate.